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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Desabafo XXVII


27/03/60 - 11/10/96



Sou meu próprio líder, ando em círculos
Me equilibro entre dias e noites
Minha vida toda espera algo de mim
Meio sorriso, meia lua, toda tarde.

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal.

Ficou longe o que tinha ido embora
Estou só um pouco cansado
Não sei se isto termina logo
Meu joelho dói
E não há nada a fazer agora

Pra que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem

Um outro agora vive na minha vida
Sei o que ele sonha, pensa e sente
Não é coincidência a minha indiferença
Sou um cópia do que faço
O que temos é o que nos resta
E estamos querendo demais

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal.

Existe um descontrole, que corrompe e cresce
Pode até ser, mas estou pronto pra mais uma
O que é que desvirtua e ensina?
O que fizemos da nossas próprias vidas?

O mecanismo da amizade.
A matemática dos amantes
Agora só artesanato
O resto são escombros.

Mais é claro que não vamos lhe fazer mal
Nem é por isso que estamos aqui
Cada criança com seu próprio canivete
Cada líder com seu próprio 38

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
Chega! vou mudar a minha vida!
Deixar o corpo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol num copo d'água

A Montanha Mágica - Legião Urbana

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